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Sombra no muro de concreto

Suficiência ou Insuficiência Renal Aguda ?

ATENÇÂO: Comece escutando o áudio.

1. O que é?

A insuficiência renal aguda é uma síndrome que se caracteriza pelo declínio abrupto e sustentado da função renal, avaliada pela taxa de filtração glomerular (TFG), e pela retenção de escórias nitrogenadas, como ureia e creatinina. Ocorre em um período curto de tempo, em geral, dentro de horas a dias. As causas da insuficiência renal aguda são variadas e podem incluir choque circulatório, sepse, desidratação, queimaduras extensas, excesso de diuréticos, obstrução renal, insuficiência cardíaca grave, glomerulonefrite aguda, entre outras.

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2. Em quem se manifesta a insuficiência renal aguda?

 

A insuficiência renal aguda pode ocorrer em qualquer pessoa que apresente alguma agressão renal, mas é mais comum e mais grave quando ocorre em pacientes com doença renal prévia. Alguns fatores de risco para a manifestação da insuficiência renal aguda incluem doença renal, doença hepática, diabetes, pressão alta ou hipertensão, insuficiência cardíaca, obesidade, pacientes tratados em UTI (unidade de terapia intensiva) e nefropatia pré-existente. Um estudo realizado com pacientes clínicos intensivos identificou que a coexistência de mais de três fatores de risco foi estatisticamente significativa para lesão renal aguda.

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3. Quais são as manifestações clínicas da insuficiência renal aguda?

 

As manifestações clínicas da insuficiência renal aguda (IRA) podem variar em gravidade e incluem alterações na diurese, retenção de líquidos e edema, distúrbios eletrolíticos, fadiga, confusão mental, excesso de ácido no sangue e nos tecidos, falta de ar, inchaço, vômitos, entre outros. Vale ressaltar que a insuficiência renal aguda pode ser assintomática em alguns casos. As manifestações clínicas da IRA podem ser leves, moderadas ou graves, dependendo da causa subjacente, da extensão do dano renal e da capacidade do organismo em compensar a perda da função renal.

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4. Quais são os exames necessários para diagnosticar a insuficiência renal aguda?

 

Para diagnosticar a insuficiência renal aguda, é necessário realizar uma avaliação clínica completa, incluindo anamnese e exame físico. Além disso, alguns exames são úteis para confirmar o diagnóstico, como medições da produção de urina, exames de urina, exames de sangue (creatinina e ureia) e exames de imagem (ultrassonografia renal).

A ultrassonografia renal pode identificar rins de tamanho reduzido e fornecer evidências de doença renal crônica.

A biópsia renal deveria ser considerada nos casos de IRA sem uma causa óbvia, na história de doença sistêmica ou de manifestação extra renal, proteinúria maior que um grama em 24 horas e hematúria persistente. 

Vale ressaltar que o diagnóstico de uma insuficiência renal aguda começa a partir da identificação da doença de base. 

E para identificar a doença de base, tudo começa com uma boa anamnese!

Reflita: Quais as doenças sistêmicas que podem afetar os rins e que podem indicar uma biópsia renal?

Como a ultrassonografia pode ajudar no diagnóstico da insuficiência renal aguda?

  • Avaliação do tamanho e ecogenicidade renal, rins diminuídos de tamanho, com perda da diferenciação córtico-medular e hiperecogenicidade renal, sugerem o diagnóstico de doença renal crônica, enquanto rins de tamanho normal ou aumentado, com ecogenicidade preservada, são mais sugestivos de insuficiência renal aguda..

  • Identificação de obstrução: pode ser usada para diagnosticar obstruções mais proximais, como cálculos ou tumores ureterais. No entanto, sua sensibilidade para obstrução é de apenas 80 a 85%, pois o sistema coletor nem sempre está dilatado, especialmente em casos agudos.

  • Avaliação do volume vesical residual: a ultrassonografia pode estimar o volume urinário vesical, o que pode ser útil no diagnóstico e manejo da insuficiência renal aguda.
  • Exclusão de causas pós-renais: pode ajudar a excluir causas pós-renais de IRA, como obstruções ureterais, fornecendo informações sobre a presença ou ausência de dilatação do sistema coletor.

  • Acompanhamento de pacientes com doenças renais: o uso da ultrassonografia Doppler e contrastada pode contribuir para o acompanhamento de pacientes com doenças renais, como a IRA, através da observação de alterações no fluxo sanguíneo renal.

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Quais são as classificações para Insuficiência renal aguda mais utilizadas?

Classificação Clínica que divide a insuficiência renal aguda em três tipos, com base na localização da lesão renal.

- IRA Pré-renal: ocorre quando há uma diminuição do fluxo sanguíneo para os rins, resultando em uma redução da filtração glomerular. 

As principais causas são hipovolemia, hipotensão e hipoperfusão renal.

- IRA Renal: também conhecida como intrínseca ou estrutural, ocorre devido a uma lesão direta nos tecidos renais. 

As principais causas incluem glomerulonefrite aguda, necrose tubular aguda e nefrite intersticial.

- IRA Pós-renal: ocorre devido a uma obstrução do trato urinário que impede o fluxo normal da urina. 

As principais causas são cálculos renais, tumores e obstruções ureterais.

A classificação RIFLE (Risk, Injury, Failure, Loss of kidney function, and End-stage kidney disease). Proposta em 2004 e divide a IRA em três categorias de acordo com o status da creatinina sérica e do débito urinário. A classificação AKIN (Acute Kidney Injury Network). Proposta em 2007 como uma versão modificada da classificação RIFLE, com o objetivo de aumentar a sensibilidade e especificidade do diagnóstico de IRA que também divide a IRA em três categorias (1, 2 e 3) com base nos níveis de creatinina sérica e no débito urinário.
Estágio
Creatinina sérica
Débito urinário (DU)
Estpagio 3. falência
​Aumento ≥ 3,0 vezes o valor basal    
​OU necessidade de diálise
Estágio 2.  lesão
Aumento ≥ 2,0-2,9 vezes o valor basal 
DU < 0,5 ml/kg/h por > 12 horas
Estágio 1: risco
Aumento ≥ 0,3 mg/dl em 48 horas   
DU < 0,5 ml/kg/h por 6-12 horas

A Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes - Ed. 2023

aborda a doença renal do diabetes como a principal causa de ingresso em terapia renal substitutiva e está associada ao aumento de morbidade e mortalidade. A diretriz apresenta algoritmos sugeridos para o manejo da hiperglicemia na doença renal do diabetes, de acordo com o estágio da doença. Além disso, o artigo destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para prevenir a progressão da doença renal do diabetes. 

A classificação, diagnóstico e metas de tratamento, o tratamento da hiperglicemia na doença renal do diabetes e a prevenção da progressão da doença renal do diabetes são alguns dos tópicos abordados na diretriz. A doença renal do diabetes é a principal causa de ingresso em terapia renal substitutiva e está associada ao aumento de morbidade e mortalidade. A diretriz apresenta algoritmos sugeridos para o manejo da hiperglicemia na doença renal do diabetes, de acordo com o estágio da doença. Além disso, o artigo destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para prevenir a progressão da doença renal do diabetes.

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Infecção urinária e Litíase do trato urinário

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Uma análise sensacional sobre infecção do trato urinário. 
A discussão que proponho é: Podemos usar antibioticoterapia empírica em ITU?

Caso clínico

Agora, acompanhe a Raquel para aprender mais sobre o caso.

Como é feito o diagnóstico?

Quais são os tipos encontrados?

Como é feito o tratamento?

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