Três pilares alinhando os 17 objetivos de sustentabilidade da Organização Mundial de Saúde para a diminuição de riscos para a saúde renal: Sustentabilidade, Governança e Telemedicina com formação na Arte da Entrevista Clínica.
Pilar 1. A saúde renal é afetada mundialmente principalmente por diabetes e hipertensão arterial, mas em 2018, a Organização Mundial de Saúde em seu boletim anual propôs que a saúde renal pode ser afetada pelas situações de risco relacionadas nos 17 objetivos de sustentabilidade.
Bull World Health Organ 2018;96:414–422C | doi: http://dx.doi.org/10.2471/BLT.17.206441
A saúde renal é classificada em cinco estágios de acometimento.
Os primeiros estágios, principalmente o primeiro, mas também o segundo e o terceiro, só são reconhecidos por profissional treinado para a caracterização de situações de risco de lesão renal, pois são situações que aparecem nas histórias contadas pelas pessoas. Daí a importância de saber conduzir uma entrevista clínica e estar atento ao aparecimento de fatores de risco como contato com água contaminada, infecções urinárias recorrentes, parentes com doenças renais e convivência intensa com situações de violência entre tantas outras situações.
Bull World Health Organ 2018;96:414–422C | doi: http://dx.doi.org/10.2471/BLT.17.206441
Os estágios superiores são responsáveis por muitos atendimentos presenciais e que acentuam a superlotação de serviços de emergência e ambulatórios gerais.
No quinto estágio estão as pessoas que necessitam de diálise e transplante renal e este número é crescente mundialmente, mas no Brasil especialmente necessitamos de ações que protejam a saúde renal da população.
Pilar 2. O desenvolvimento de Governança corporativa e a aplicação de ciência de dados é fundamental para que possamos realizar ações de redução de dano renal tanto nos hospitais quanto nas cidades. Este pilar favorece o aparecimento de ecossistemas de tecnologia com startups relacionadas á saúde renal.
Pilar 3. A telemedicina é uma solução que proporciona o atendimento remoto em saúde renal, porém é necessário treinamento em entrevista clínica para ser efetiva. A quantidade de especialistas em nefrologia é insuficiente em um país com as dimensões do Brasil. Assim, regiões remotas não possuem especialistas em saúde renal.
A Arte da Entrevista Clínica também capacita profissionais para consultas de triagem via telemedicina e, com supervisão de nefrologista, associando inteligência artificial e ciência de dados, auxilia na classificação dos estágios da saúde renal e determinação das situações de risco individuais. Além disso, ainda reduz a superlotação de setores hospitalares por resolver muitas dúvidas e situações clínicas.